domingo, 30 de junho de 2013

Uma Imagem 140 caracteres - 13ª Edição






Música boa é assim, não escolhe nem em que rádio vai tocar. Olha essa! Aposto que minha avó dançou muito e fisgou de vez meu avô... Tadim!

Participando da Blogagem Coletiva do Blog Escritos Lisérgicos, Vamos participar? 

PS. O modo como a moça falou foi proposital, ok? hehe


sábado, 29 de junho de 2013

Esmalte e Desenho



Esmalte antialérgico Violet-Lumi, da Ludurana, para participar da Blogagem Coletiva da Fernanda Reali

Vamos participar? Quem tem mãos para desenhar? Quem entende de desenhos?

Uns poucos desenhos meus, que sempre amei fazer, mas com o tempo e com tudo que aconteceu, deixei de lado esse meu lado artista. Mas não desisti de continuar. Simplesmente amo desenhar e tenho que urgentemente encaixar esse tempo em minha vida, para fazer essas coisas que, apesar de amar, fui deixando de lado. Pena.... Mas ainda há tempo.





Já mostrei esses meus desenhos por aqui, adoraria mostrar outros, mas ainda não os fiz, Ainda!


sexta-feira, 28 de junho de 2013

Mulheres Arquivam


Sim, mulher é assim mesmo. Discute a relação, faz beicinho de embirrada e depois de um tempo, ou depois de anos, desencava tudo e joga na cara do parceiro.

Não sei porque somos assim.

Não adianta os homens não nos entenderem, acharem ruim ou reclamarem. Nós já cansamos de dizer que somos assim e não tem nada de complicado em nos entender. Se já sabem, não tem complicação.

Complicadas, sonhadoras, românticas, amorosas, carinhosas, mandonas, (in)dependentes, choronas... Faladeiras, reclamonas, acolhedoras... Sedutoras, intensas, úmidas, tímidas, meigas, estabanadas, atiradas, desinibidas, manipuladoras... Carentes, persistentes, esperançosas, bruxas, princesas, madrastas... Guerreiras, batalhadoras, trabalhadoras, mães de família... PREVISÍVEIS!

Agora juntem tudo isso e nos definam, homens, já que são tão práticos e sabem resumir tudo em poucas palavras.

Essa relação homem/mulher é um questionamento sem fim, uma luta diária, uma persistência maravilhosa...

E olha, para quem ainda insiste em dizer que não tem como nos entender, não nos entenda! Nos ame! Simples!


Um ótimo fim de semana para todos!!!

Tanta coisa acontecendo no país e eu discutindo relação.... 


quarta-feira, 26 de junho de 2013

O Poder do Amor


Por Divaldo Pereira Franco -                                  
Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis


Acredita no amor e vive-o plenamente.
Qualquer expressão de afetividade propicia renovação de entusiasmo, de qualidade de vida, de metas felizes em relação ao futuro.
O amor não é somente um meio, porém o fim essencial da vida.
Emanado pelo sentimento que se aprimora, o amor expressa-se, a princípio, asselvajado, instintivo, na área da sensação, e depura-se lentamente, agigantando-se no campo da emoção.
Quando fruído, estimula o organismo e oferece-lhe reações imunológicas que proporcionam resistência às
células para enfrentar os invasores perniciosos, que são combatidos pelos glóbulos brancos vigilantes.
A força do amor levanta as energias alquebradas, e torna-se essencial para a preservação da vida.
Quando diminui, cedendo lugar aos mecanismos de reação pelo ciúme, pelo ressentimento, pelo ódio, favorece a degeneração da energia vital, preservadora do equilíbrio fisiopsíquico, ensejando a instalação de enfermidades variadas, que trabalham pela consumpção dos equipamentos orgânicos.
Situação alguma, por mais constrangedora, ou desafio, por maior que se apresente, nas suas expressões agressivas, merecem que te niveles à violência, abandonando o recurso valioso do amor.
Competir com os não amáveis é tornar-se pior do que eles, que lamentavelmente ainda não despertaram para a realidade superior da vida.
Amá-los é a alternativa única à tua disposição, que deves utilizar, de forma a não te impregnares das energias deletérias que eles exalam.
Envolvê-los em ondas de afetividade é ato de sabedoria e recurso terapêutico valioso, que lhes modificará a conduta, senão de imediato, com certeza oportunamente.
O amor solucionará todos os teus problemas.                        
Não impedirá, porém, que os tenhas, que sejas agredido, que experimentes incompreensão, mas te facultará permanecer em paz contigo mesmo.
É possível que não lhe vejas a florescência, naquele a quem o ofertas, no entanto, a sociedade do amanhã vê-lo-á enfrutecer e beneficiar as criaturas que virão depois de ti.                                        
E isto, sim, é o que importa.
Quando tudo pareça conspirar contra os teus sentimentos de amor, e a desordem aumentar, o crime triunfar, a loucura aturdir as pessoas em volta, ainda aí não duvides do seu poder.                                                    
Ama com mais vigor e tranquilidade, porque esta é a tua missão na Terra - Amar Sempre.
Crucificado, sob superlativa humilhação, Jesus prosseguiu amando e em paz, iniciando uma Era Nova para a
Humanidade, que agora lhe tributa razão e Amor.

Ame muito e seja feliz hoje e sempre.



segunda-feira, 24 de junho de 2013

O Morto tá Morto!


E lá se vai Antunes. Seu Antunes... Vô Antunes.

Homem distinto, gente boa, contador de causos e muito bem humorado.

Morreu até novo demais... 55 anos.

"Morreu de repente", como costumam falar as pessoas do interior. Sempre achei graça deste termo, mas não me vem ao caso perguntar do que mesmo que morreu. Morreu e pronto. Talvez nem eles entendam o que está escrito na certidão de óbito.

"Descansou", coitado, tão novo, tão cheio de vida, trabalhador e bom marido. Ou seja, morreu mais um dos bons e os ruins ainda continuam marcando ponto por aqui.

No velório um chororô só. Da mãe, da mulher, dos filhos, dos amigos... Ninguém se conformava.

Morte é uma coisa engraçada... Todo mundo sabe que vai acontecer mas ninguém nunca vai se conformar. Acho que ninguém neste mundo morre sem que ninguém fique triste.

Ah sim, dia desses um ser (?) morreu e ninguém apareceu. Foi enterrado pelos coveiros, como indigente. Credo! Foi aquele rapaz que matou os alunos no Rio de Janeiro. Um horror!!!

Mas seu Antunes era camarada, estava pronto para o que der e vier.

O velório estava lotado, lotado... E sua mulher, inconformada, não sabia se chorava ou se lamentava "como é que eu vou viver sem ele? Por que meu Deus?". E não tinha gente que a consolasse. É assim mesmo, a dor abre uma cratera no peito da gente... Não tem explicação.

Bem, lá pela madrugada, todos ainda ali, sua mulher sentada perto do caixão a alisar suas mãos geladas... De repente... Um dedo se mexe.

Opa!

"Ahhhhhhh", gritou a mulher. "Ele tá vivo, mexeu o dedo!"

"Oi, o quê?", todos se entreolharam ficando pasmos.

Não ficou ninguém ali pra ver se era verdade ou não. A mulher também se afastou e começou a ficar branca como uma folha de papel.

"Alguém chame alguém, pelo amor de Deus!", começou a gritar, desesperada.

Foi aquele reboliço, risos, gritos, mas ninguém ficou ali com o defunto. Até que chamaram o responsável e o médico legista. Fecharam a porta e examinaram o cadáver. Tudo certo, estava realmente morto. Não precisavam ter medo.

"Mas eu vi! Ele mexeu o dedo!", retrucou a mulher, esbaforida.

"Isso pode ter sido causado por um espasmo pós-morte, que às vezes é comum. Mas está morto, não há sinais vitais", respondeu o médico legista.

E quem disse que alguém teve coragem de chegar perto? Depois de muito tempo foi aparecendo os curiosos dos outros velórios pra ver o morto vivo. Mas os amigos, os parentes e os que amavam seu Antunes... Escafederam.

Depois de três horas houve o enterro com pouquíssimas pessoas. Só os mais chegados mesmo.

Agora a dúvida: por que temos medo dos mortos? Não era uma pessoa amada? E se ele ressuscitasse de novo, não teria mais amigos por conta desta situação?

É estranho, mas conheço muitas pessoas que ficam com medo de dormir sozinhas depois de um velório. Será que temem pela alma penada puxar-lhes os pés? O que pode fazer um morto para nos atrapalhar? Na dúvida, é bom dormir de luz acesa, rádio ligado e acompanhado por outras pessoas.

Já vi reportagens na TV, dizendo que ao abrirem o caixão de algumas pessoas o defunto estava todo revirado... Cruzes! Será que foi enterrado vivo? Será?

Acho que vou querer ser cremada... Mas, e se eu for uma dessas pessoas que ressuscitam? Não, melhor não ser cremada.

Gente, que papo besta, que horrorrrrrrrrrrr!!!

Eu gosto de falar de morte... Não tem explicação. Eu gosto!

Texto publicado em 09 de agosto de 2011.

sábado, 22 de junho de 2013

Esmalte e Aroma

Depois de ficar vários dias, aliás acho que mais de um mês, com as unhas danificadas por conta de um fortificante que não era antialérgico que usei, estou de volta! Enfim, unhas esmaltadas!

Unhas danificadas por usar fortificante não antialérgico
Olha a situação da cutícula como fica... E coça, dói, a pele sai todinha... Um horror!
Não adianta, quem tem alergia não pode usar nada nas unhas que não seja antialérgico.

E o tema de hoje eu não poderia deixar de vir, pois tenho tantos aromas inesquecíveis que escolhi o que mais me marcou até hoje: pão caseiro de minha avó.


Essa imagem eu peguei do Google, mas o pão que minha avó fazia, era exatamente assim! E ela nem esperava esfriar e já saía distribuindo. Gente, me dá água na boca só de pensar no pão dela e fico com mais saudades ainda de quando ela estava por aqui. Minha avó foi a pessoa mais doce que conheci na vida. Não tinha a escrita, como ela mesma dizia, mas era tão inteligente, que dificilmente alguém a passava para trás. E as histórias que contava... O carinho com todo mundo, a paciência, a voz baixa, o jeito meigo... Ah, não tenho como não chorar me lembrando disso tudo. Eu sentia que ela tinha um carinho especial por mim, porque no meio de tantos netos, eu era a única que ela tinha colocado apelido: negrinha.
Vovó Dida, que saudades!



O esmalte é Ludurana ANTIALÉRGICO Rosa Chiclete. Ainda me lembrando da infância com os Ping-Pong da vida, que não podia engolir senão "grudava no estômago", como dizia minha amada vovó!

Querem ver os vários aromas da Blogagem Coletiva da Fernanda Reali? Cliquem AQUI!


quarta-feira, 19 de junho de 2013

Agora Vai!


Será que agora vai?

O governo ainda não sabe porque tanta manifestação. Ainda acha que é por causa de passagem de ônibus. Estão tão acostumados a nos fazer de idiotas que agora eles não conseguem enxergar que nós enxergamos tudo e que a gota d'água transbordou.

Me lembro da ditadura, apesar de ser bem pequena na época e ouvia meus pais comentarem que não podia falar isso nem aquilo. Não para mim, mas para outros adultos. Vi a censura dos filmes no cinema e nas TVs, vi presidente militar, vi diretas já, vi caras pintadas, vi uma inflação exorbitante, vi Tancredo e vi Collor que acabou com muita gente, principalmente causou muitas mortes quando resolveu confiscar o suado dinheiro do povo. Os únicos que pagaram foram os humildes, os ignorantes (que não sabiam) e os pobres. Os mais abastados tinham advogados que deram um jeito bem rápido de reaverem suas fortunas.Que época difícil aquela!

E faz tempo que fiquei me perguntando por onde andava os caras pintadas. E eis que agora ressurgem mais fortes do que nunca, cansados de tanta injustiça e pouco caso do governo com o povo. Tanta roubalheira e impunidade que simplesmente bastou! Tudo está um absurdo que nem preciso descrever aqui. Tudo está tão escancarado que são esfregados na nossa cara e depois riem da nossa ingenuidade. Ingenuidade?

A maioria jovens, destemidos, imortais e muitos também nem tão jovens, não importa. Mas jovem é fogo em brasa, é voz ativa, é atitude e mudança. Na época dos caras pintadas eu era uma jovem e vibrava com tudo isso.Não fui cara pintada porque em minha cidade, não me lembro, não teve essa manifestação que hoje vemos. Será que teve?

E o governo ainda acha que é por R$ 0,20 toda essa manifestação? Quem são os ingênuos agora?

Agora os governantes, com cara de paisagem, fazem seus discursos "elogiando" a atitude do brasileiro. Ah, tá bom! Agora têm tempo de nos ouvir, de saber de nossa insatisfação e indignação. Agora marcam reuniões, querem opiniões, querem soluções o mais rápido possível. Agora?

Esses dias me deu um orgulho imenso de ser brasileira, de ver a grande massa tomando uma atitude que deveria ter sido tomada há anos. Mas acredito que as coisas aconteçam no momento certo, então se agora é que o povo acordou, então agora é a melhor hora para se mudar tudo.

Que toda essa manifestação não termine em pizza, em oba oba, em copa dos roubos exorbitantes, mas que termine em 2014, nas urnas, onde nas eleições não mais contrataremos os canalhas acostumados à cegueira humana, e sim que saibamos escolher alguém que seja merecedor de nossa confiança e que tenha por objetivo o bem comum da Nação.

Um vídeo do Youtube que retrata bem o que está acontecendo. Cliquem AQUI!

Um vídeo com o desabafo de uma médica, inconformada com o descaso na saúde. Cliquem AQUI!


segunda-feira, 17 de junho de 2013

Vidro ou Diamante?



Um homem esperava para atravessar uma avenida quando um brilho na grama em que pisava chamou sua atenção.

Deu uma olhada sem se abaixar e pensou: "Deve ser um caco de vidro" e foi embora.
 

Mais tarde outro homem na mesma situação percebeu o brilho, abaixou-se, pegou a pedra meio suja e viu que era talhada como um lindo diamante.
 

Parecia mesmo um diamante enviando raios luminosos com as cores do arco-íris quando colocado ao sol.
 

O homem pensou: "Puxa, será um diamante? Desse tamanho? Perdido aqui? Como veio parar aqui? Talvez eu devesse levar a um joalheiro para ver ser é mesmo".
 

Olhava e olhava e de repente disse a si mesmo: "Que idiota eu sou, imagina se isso é um diamante, só pode ser um vidro talhado em forma de diamante que caiu de algum anel de bijuteria.
Porque um cara como eu iria achar um diamante?
E se eu levar a um joalheiro ainda vou ter que aguentar a gozação do homem por eu ter achado que podia ser um diamante...
Ah... logo eu ia achar um diamante assim... perdido numa grama...logo eu?"
 

E assim pensando jogou de novo a pedra na grama e atravessou a avenida até meio triste pela sua pouca sorte.

No dia seguinte outro homem passando pelo mesmo lugar viu a pedra, atraído pelo seu brilho.
 

"Que beleza de pedra" ele pensou!
 

"Parece um diamante, talvez até seja um diamante, mas também pode ser apenas um pedaço de vidro imitando um diamante... O melhor que tenho a fazer é leva-la a um joalheiro e pedir uma avaliação." E colocou a pedra no bolso.
 

Tendo levado-a para avaliação, mais tarde descobriu ser um verdadeiro diamante, de muitos quilates e com uma lapidação especial.
 

Era uma pedra muito valiosa. Realmente especial e o homem ficou muito feliz com a sua boa sorte.

"Na nossa vida as vezes encontramos pessoas que são como esse diamante... valiosas"!
 

Pena que nem sempre nós damos o tempo para avaliá-las confiando na nossa primeira, e muitas vezes errônea, impressão ou simplesmente achando que nunca tivemos sorte, então, por que aquela pessoa apareceria justamente para nós?
 

Pense nisso!

Dê-se uma chance!


Por Paulo Ursaia, que copiei do facebook.


domingo, 16 de junho de 2013

Uma Imagem, 140 Caracteres - 11ª Edição


Amor, que saudades! Um ano mas parece que foram dez anos... Que bom poder te abraçar, quase morri! Amor, tenho uma coisa pra te contar... Mas a culpa não foi minha... Juro!


Participando da Blogagem Coletiva do blog Escritos Lisérgicos.Vamos participar? Cliquem no link.


quarta-feira, 12 de junho de 2013

Cartas para Julieta


Participando da Blogagem Coletiva do Blog Escritos Lisérgicos
O tema, olhem só: Cartas para Julieta. O que você escreveria para Julieta? Vamos participar?

Querida Julieta...

Por aqui as coisas não estão fáceis como deveriam. Mesmo você e Romeu terem deixado para nós um amor tão lindo, tão puro, tão verdadeiro, parece que tudo desandou.

Fico procurando por aí onde se escondeu o romantismo, o cavalheirismo, os bons modos e o bom senso.

Tudo está tão prático e tão descartável que até nos acostumamos a fazer a fila andar o mais rápido possível, sem ficar chorando e lamentando o que acabou. Morrer então, por amor? Nunca! Alguns matam, mas não é por amor... Bem, isso é uma outra história.

Acho que fui desse seu tempo, usando esses vestidos acinturados, com camadas e camadas de saiotes, cabelos longos, pele alva e uma pureza que chamava o pecado a todo o instante. Já tive vários sonhos com plebeus me perseguindo pelas ruas de pedra, e me escondia atrás daqueles portões imensos, de pura madeira e impossíveis de serem abertos por um simples mortal. Eu sempre corria muito, driblando os tropeços naquelas saias, levantando-as, olhando para trás e ofegante, até encontrar uma passagem secreta onde ninguém me achasse. Ficava quieta, quase sem respirar, morrendo de medo de ser pega mas já imaginando um daqueles homens fortes, cabelos compridos, barbudos e com um medalhão de ouro pendurado no pescoço, me pegando e me possuindo. Sentia até uma excitação, mas acordava logo em seguida, suando frio e ofegante.

Acho que sempre sonhei com um desses príncipes, como Romeu, que morreria por mim. Não precisaria morrer, mas que cuidasse de mim como uma flor delicada, que precisaria ser regada e podada aos poucos, mantendo seu frescor para preservar o perfume doce que exalava quando alguém a tocasse.

Um príncipe que segurasse meu rosto com as mãos, chegasse sua boca bem perto da minha, olhasse bem fundo em meus olhos e me dissesse: "vem, eu te protejo". Não sei dizer o porquê da proteção, mas toda mulher adoraria ter um peito para encostar a cabeça e uns braços fortes que eram mais que redoma, que a defendesse de qualquer perigo, por menor que fosse.

E se não fosse pedir demais, que ele me elogiasse de vez em quando, que prestasse atenção em mim, que me ouvisse e que entendesse as fases turbulentas que nós mulheres temos e que não há como controlar.

E que fosse um bom amante, que nos envolvesse com suas carícias, seus toques, seus beijos e seu cheiro até não respirarmos mais e aí sim, morrermos de prazer. Tem um poeta desse tempo agora que disse uma frase ótima, o Mário Quintana: "Como é bom morrer de amor e continuar vivo." É linda, não é? Tem um outro poeta que disse sobre o amor, o Vinícius de Moraes: "Que seja eterno enquanto dure.". Não é lindo?

Então, bagagem nós temos nesses tempos modernos de tecnologia, falta aquele romantismo de ambas as partes. Saber receber um galanteio hoje em dia não é para qualquer um. Mas ainda persiste a espécie e eu sou uma delas. Ainda bem. Não troco o romantismo pela modernidade livre de jeito nenhum!

Olha, Ju, nos daríamos muito bem se eu fosse da sua geração ou se você fosse da minha. Quem sabe numa futura encarnação?

Um abraço bem carinhoso de uma simples mortal à procura de romantismo no século XXI.

Clara Lúcia

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segunda-feira, 10 de junho de 2013

Uma Carta



Sabe, me sinto voltando há uns anos, quando ainda escrevia cartas de papel... Tão romântico, onde pingava umas gotinhas de perfume, carimbava um beijo com batom vermelho... É assim que lhe respondo a carta que me enviou...


Quase não acreditei quando olhei a caixa dos correios e a vi, tão simples, com sua letra cursiva... Meu coração disparou e a primeira coisa que fiz foi cheirá-la, tirando dela um resquício de seu perfume, não aquele que colocam em vidros, mas o perfume de sua pele... Apertei-a junto ao peito, na esperança de aquietar meu coração descompassado e fiquei imaginando suas palavras escritas... Seu carinho ali, todo para mim, em algumas poucas linhas...


Mas na verdade eu queria mesmo era dizer que algo mudou em mim, desde que você chegou, com aquele beijo inesperado, roubado e devolvido, suave e loucamente molhado... Ahhhhhh !!!


Como explicar? Não sei...


Mas mesmo à distância lhe sinto aqui pertinho: seu cheiro, seu gosto, sua respiração quente perto de minha boca... Lembra que eu falava sempre que entre o amor e eu existia um oceano? Então, ele existe agora! Coisas do destino? Quando falamos algumas palavras e algum anjo passa e diz amém?


Todo esse tempo, eu aqui e você aí, um olhando pela fechadura, espiando o que o outro estaria fazendo ou o que estaria pensando... E ao mesmo tempo sentindo o calor do corpo, o toque suave, o entrelaçar das mãos... Os beijos apaixonados que expulsam a alma, com medo de um castigo por tanta ousadia... o olhar brilhante, a lágrima que não suporta tanta paixão e sai correndo em direção ao pescoço, que logo é amparada por uma boca sedenta por sentir o gosto, a boca úmida, entreaberta, com o hálito quente que derrete toda a frieza de uma incerteza que possa, por acaso, estar por ali... Se entregar? Se render? E por que não? 


Qual o sentimento mais puro e mais lindo do que o amor? 


A boca sedenta de desejo, como a boca de um bebê faminto procurando o seio da mãe, para saciar sua fome... Percorre cada milímetro do corpo, saboreando cada sabor, apreciando cada arrepio e cada suspiro... O tempo para... A respiração acelera... A explosão... O ato máximo... O prazer...


Sim, eu me rendo! Sou sua serva, sua escrava, sua dama...


Até pouco tempo atrás eu havia me rendido à solidão, à conformidade de viver sempre sonhando com algo que achava que não existia...


Fantasiava demais, queria demais, escolhia demais e claro que sabia que nada existia. Pessoa romântica tem dessas coisas, mas...  Quando menos esperamos, o que não deu certo em outros lugares, em outras camas, vem aqui e se instala no nosso peito, finca como um punhal e faz o coração disparar; a boca seca, as mãos gelam, as pernas tremem e um sorriso acanhado insiste em permanecer nos lábios. Basta ouvir uma música e pronto! Toda aquela sensação de adrenalina volta; o tempo demora o dobro para passar, os minutos são angustiantes e parecem retroceder como uma tortura da alma...


Até que finalmente tudo se torna real. 


A distância? Que distância pode haver para uma loucura? O amor é uma loucura? Sim, claro! Só quem é louco atravessa léguas em busca de um amor, só quem é louco se entrega sem medo, se perde nos abraços, nos beijos, no prazer... Um corpo grudado no outro... Uma só massa... Um só amor...


Despeço-me agora, meu amor, para que descanse seu corpo junto ao meu, em pensamento e alma... E amanhã recomece toda a tortura, toda a espera pela hora marcada e assim, repetir tudo, agora com mais intensidade e mais ternura...


De sua amada que sonha acordada esse amor platônico e real, embalada numa canção sem letra, para não atrapalhar os pensamentos e as lembranças de momentos inesquecíveis que passamos juntos, seja onde for, seja como for e seja o tempo que for. 


No amor tudo é infinito, mágico... potente... e frágil.


Beijos... milhões de beijos...

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Texto publicado em 18 de abril de 2012.

domingo, 9 de junho de 2013

Uma Imagem - 140 Caracteres - 10ª Edição


Positivo... Ai, meu Deus! O pai não é bem o que eu gostaria. Foram só algumas vezes... E agora? Mãe... Vou ser mãe... Bem-vindo, filho!



Participando da Blogagem Coletiva do Blog Escritos Lisérgicos
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quarta-feira, 5 de junho de 2013

O Fim Do Bolsa Família


Participando do Projeto Bloínquês - 15ª Edição Visual.
Vamos participar? Cliquem AQUI!

       - Eneida, corre aqui na janela! O que é que esse povo tá fazendo lá embaixo? Minha Nossa Senhora! - Arnaldo gritou aflito, olhando pela janela de seu apartamento que ficava no último andar, chamando a mulher.

      - Que foi, bem? Que sangria desatada é essa? Sai dessa janela! Não tá vendo que tá tendo um motim lá embaixo? - Eneida chega por trás do marido e o puxa pelo braço, tentando tirá-lo da janela.

      - Pera aí, mulher, tô vendo esse povo lá embaixo... O que é isso, bem? Liga a TV aí e vê o que é isso - Arnaldo teima em ficar espionando pela janela aquele mar de gente.

      - Ah, é sobre o novo Presidente. Ele cortou a bolsa família de todo mundo. Esse mês ninguém recebeu nadica de nada! Daí agora eles estão fazendo caminhada pra protestar, ué! - Eneida fica com o ouvido na TV e o olho no marido, com medo de que algo ruim aconteça com ele.

      - Virgem Santa! E agora esse povo vai viver de quê?

      - Tem que trabalhar, ué! Já olhou no jornal quanto anúncio de vaga de trabalho? E cadê o povo pra trabalhar? Num tem! Tá tudo vivendo da bolsa família. Daí o governo cortou tudo deles.

      - Alá, Eneida, olha lá... A guarda de choque tá fazendo um paredão! Vão jogar bomba de fumaça neles e atirar rolha nesse povo tudo! Olha quanta gente, Eneida, olha aqui, mulher! Sai daí da TV e vem aqui ver! - Arnaldo olha para a mulher, fazendo sinal com a mão, chamando-a para a janela.

      - Eu não! Tá doido, homem? Vai que alguma rolha escapole e vem parar aqui no meu olho? Eu, heim?

      Arnaldo concorda com o que a mulher disse, fecha uma parte da janela, puxa a cortina da outra parte e fica olhando por uma pequena abertura.

      Aos poucos a população da passeata vai se aproximando pela rua até chegar perto do batalhão de choque da polícia militar. Começam a gritar e a vaiar. O batalhão fica onde está e não ameaça ninguém com nenhuma bomba e com nenhuma pistola com tiros de borracha. A passeata é um movimento tranquilo até que alguns mais afoitos começam a peitar o batalhão. Aí sim, eles avançam, capturam os responsáveis e há correria para todos os lados em que se olha.

      Helicópteros sobrevoam o local e jornalistas de várias partes começam a fazer campana para cobrir melhor a manifestação popular contra o Presidente que confiscou o bolsa família de todos.

      Arnaldo e Eneida não estão na estatística de beneficiários dessa ajuda do governo e ficam inconformados como tanta gente consegue ficar sem trabalho, só dependendo do governo.

      O país se tornou um caos com tantos benefícios concedidos, muitas empresas fecharam e muitas outras contrataram estrangeiros para suprirem a necessidade da mão de obra que não se encontra mais em lugar nenhum.

      - Mas é um bando de gente demais, Eneida. Pra quê isso? Tanto trabalho por aí e o povo prefere ficar coçando... Ainda bem que agora temos esse Presidente que presta - completou Arnaldo.

      - Sei não, bem, sei não se vão deixar ele viver muito tempo. Daqui a pouco acham ele morto em alguma vala, de morte matada. Pode esperar pra ver! - retrucou Eneida, cansada de tanta palhaçada que aconteceu nos últimos tempos no país.

      Eneida muda o canal da TV para seu programa matinal, se senta no sofá e continua fazendo seu tricô. Arnaldo continua olhando pela fresta da janela, por um bom tempo, até que a população se dispersa e vai embora.

      Fim.   


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Cabeça Gorda


    
      Segunda semana de dieta, Lívia estava subindo pelas paredes por sentir falta das guloseimas que lhe alegravam o paladar todos os dias. Mas resolveu pegar firme e tomou a decisão de emagrecer e abrir mão das delícias e pecados da gula.

      Essa seria um dia decisivo pois seria o dia de enfrentar a balança e ver os resultados. Ficou surpresa e super feliz quando eliminou três números do total de seu peso. Começou a gargalhar e a agradecer a Deus pela ajuda e a agradecer a nutricionista pelo apoio e paciência. Ganhou abraços, carinhos, apoios e se foi, toda faceira, enfrentar a segunda semana.

      Ao caminhar de volta para casa, sentiu-se bem mais leve e ainda estampava no rosto um sorriso besta e teimoso que insistia em permanecer carimbado. Afinal hoje era dia de comemorar a vitória. Lívia sabia que não havia ganho a guerra ainda, mas estava feliz demais para ficar pensando no final da guerra.

      Passou em frente a padaria que costumava frequentar e nem olhou para dentro. Passou reta, prendendo a respiração para não sentir o perfume daqueles pecados que tanto lhe alegraram por tanto tempo. Mas a dureza não demorou mais que alguns segundos. A funcionária e amiga de Lívia, Rosângela, foi até a porta e chamou-a. Lívia parou, respirou fundo e voltou o rosto para dizer um oi. Rosângela, não satisfeita, gritou-a de novo e foi até ela, puxando-a pelo braço e perguntando porque havia sumido da padaria. Lívia, com preguiça de contar toda a história, disse apenas que estava sem tempo para ir todos os dias na padaria. Rosângela, insatisfeita, continuou puxando-a pelo braço, arrastando-a até dentro da padaria. Ela não resistiu e entrou.

      Lívia, ao sentir aquele aroma e ter aquela visão dos deuses gorduchos fabricantes de guloseimas, respirou fundo e soltou um "ai, meu Deus", lamentando estar ali naquele momento. Sabia que não resistiria e cairia em tentação. E foi o que aconteceu. Ficou conversando com a amiga e de olho em tudo a sua volta. Se lembrou da semana sofrida e dos três quilos eliminados. "Ah, mas hoje eu posso comemorar, só um pedacinho e pronto! Nem vai fazer diferença." E pediu um sonho, quentinho, fresquinho, com recheio de doce de leite, polvilhado com açucar de confeiteiro. Uma tentação. Fechou os olhos e deu a primeira mordida. Hmmmmm.... Só isso que sabia pensar naquele instante. Nem prestava mais atenção na conversa animada de Rosângela. A cada dentada, uma satisfação, uma comemoração e nenhum arrependimento. Depois compensaria na semana o que havia comido naquele dia.

     Terminado o sonho, escolheu uma barra de doce de leite, daqueles que dissolvem na boca, que derretem sem precisar mastigar. Comeria quando tivesse vontade. Não resistiu e também escolheu uma barra de chocolate, desses comuns, com poucas calorias. Lívia sabia que chocolate não tinha poucas calorias, mas com o pensamento positivo não engordaria por conta de um simples chocolatinho.

      Ainda faltavam algumas quadras até chegar em casa, então também comprou um refrigerante diet para tirar o gosto doce da boca. Foi embora toda feliz bebendo aquele inocente refrigerante.

      Chegando em casa, guardou os doces bem escondidos para que não tivesse mais a tentação. Preparou uma sopa de legumes e essa foi sua última refeição do dia. Hora de dormir, Lívia deitada rolando de um lado para o outro e o sono não vinha. Sua mente estava naquele armário, naqueles doces que havia escondido.

      "Ah, mas o que é que tem de mais eu comer esses doces?" - pensava. Se levantou e pegou os doces. Cheirou, encostou-os nos lábios e deu uma mordidinha em cada um. "Hmmmmm.... como é pode uma pedacinho tão insignificante fazer um estrago na gente?" - não pensou duas vezes e comeu todos.

      No outro dia acordou alegre, satisfeita e com o mesmo corpo. Pronto, já sabia que aquelas gulodices não engordavam. Ficou aliviada e continuou seu dia de dieta.

      A partir desse dia, Lívia comia uma barra de doces todos os dias, porque se aqueles todos não a fizeram engordar, então se comesse só um por dia, não engordaria também.

      Passou uma semana maravilhosa, bem diferente da primeira em que não colocara um grão de açucar no organismo.

      Chegou o dia de pesar. Lívia chegou toda perfumada, linda, radiante e com uma roupa bem leve para dar a impressão de ter eliminado mais peso. Subiu na balança e... "Engordou, dona Lívia. Cinco quilos a mais" - disse a nutricionista, dando bronca na coitada. "Mas como engordei, se fiz tudo direitinho e até passei fome?" - respondeu indignada para a nutricionista.

      Depois de todos se pesarem, Aline, a nutricionista, pediu para que Lívia permanecesse para que conversassem. Descobriu as tramas para enganar o estômago que Lívia fazia, pegou suas mãos e mais uma vez lhe explicou que não era proibido comer, mas que essas coisas são muito calóricas e por isso são limitadas para quem precisa eliminar gordura do corpo. Pegou uma tabela de calorias e mostrou à Lívia que prestava atenção em tudo. Também encaminhou-a a um psicólogo para que tirasse de sua mente a cabeça gorda que ela carregava consigo.

      Mais uma vez Lívia começaria tudo do zero, agora com a missão de eliminar cinco quilos em uma semana e não três como era da primeira vez em que começara.

      São as armadilhas do dia a dia, coisas pequenas mas que fazem um estrago enorme no resultado final.


     

domingo, 2 de junho de 2013

Uma Imagem, 140 caracteres - 9ª Edição


"Gente, olha isso! Como é que fui capaz de usar um cabelo desse? E ninguém pra me dizer que era ridículo. Eita, amigos!"
 

Participando da Blogagem Coletiva do blog Escritos Lisérgicos.